Ser mulher nos dias atuais requer habilidade. Conciliar trabalho, família, projetos pessoais, amigos e encarar os desafios que se impõem em cada uma dessas dimensões da nossa vida é travar verdadeiras batalhas diárias. O desafio se intensifica em momentos de estresse, quando a situação foge do planejado, especialmente diante de realidades extremas. Aí, somente a consistência das nossas raízes em Deus nos permitirá permanecer de pé.
A história de Rute é contada na Bíblia, no antigo testamento. O livro que leva seu nome é composto de 4 curtos capítulos mas é de uma profundidade imensa para nós mulheres.
Rute não conhecia a Deus mas assumiu a fé do marido. É o retrato de uma mulher que confia nos desígnios de Deus. É firme mas, nem por isso, perdeu a doçura e feminilidade próprios de uma mulher de Deus.
Não se deixou abater diante da viuvez precoce e da fome que se instalava na região em que vivia.
Decidiu acompanhar a sogra Noemi, também viúva, que voltava à cidade natal, com receio que esta perecesse. Mesmo diante da resistência de Naomi, que insistia que Rute deveria ficar em Moabe para se casar novamente e garantir o próprio sustento.
“Não insistas comigo, respondeu Rute, para que eu te deixe e me vá longe de ti. Aonde fores, eu irei; aonde habitares, eu habitarei. O teu povo é meu povo, e o teu Deus, meu Deus.” Rute 1,16
Chegando à cidade de Naomi, Belém, arregaçou as mangas e se submeteu a recolher sobras das colheitas para garantir o sustento de ambas.
Foi nesta condição que Boaz, dono da plantação, conheceu Rute e soube de sua conduta e cuidado com a sogra. Viu o coração de Rute e a escolheu por esposa.
Rute foi honrada por Deus pela sua fidelidade a Ele e pela reta intenção do seu coração. Recebeu mais do que pediu e podia imaginar receber. Não se prostrou diante da situação difícil mas confiou em Deus e se pôs a caminho, não ficou paralisada. Não se permitiu ficar numa condição de vitimismo.
Me parece que equilíbrio emocional e confiança em Deus definem a personalidade de Rute. Essas características permitiram que ela lidasse com firmeza as situações duras que se apresentaram e, ao mesmo tempo, não perdeu a feminilidade que é própria da essência da mulher.
E você? Como tem vivenciado as situações que fogem do seu controle? Com a firmeza e feminilidade de Rute? Ou com o vitimismo, desequilíbrio e aspereza de quem não confia que, quando fazemos nossa parte, Deus cuida daquilo que está fora do nosso controle?
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