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Foto do escritorCintia Almeida

É só bunda, peito, sexo e tchau

Desculpa o franco português do título, mas é o que tenho visto essencialmente na tv, nas letras das músicas, nas conversas no metrô e nos relacionamentos.


Tudo sob o pretexto de uma liberdade, a meu ver, completamente questionável. Tudo muito fútil. Somente importa o aqui e o agora. O imediato. O máximo prazer, independentemente das consequências. Aliás, quem se importa com as consequências? Tem prefeitura dando pílula do dia seguinte durante o carnaval. Para mim, a mensagem é “Não se preocupe! Transe com quantos quiser! E se vc engravidar, a gente resolve fácil esse “inconveniente” pra você!”


Pára tudo. Eu quero descer desse mundo maluco.


E aí, vai ter gente repetindo como papagaio frases prontas do tipo “o corpo é meu”, “eu quero é me divertir”, “não ligo para o que pensam esses moralistas”. Blá, blá, blá...


Mas depois que tudo acontece, que o efeito da droga passa, que o sexo acaba, que o maquiagem vai embora com a água, é você e você. Você e a história que está construindo (ou destruindo). Você e sua verdade. Você e seu travesseiro. Ou terapeuta.


E nem vem com esse discurso de que “sou bem resolvida”, que essa é a vida que você sonhou. Duvido.

Duvido que você olhe para o espelho e diga: sim, eu só quero que o cara com que saio lembre de mim pela bunda e peitos que tenho. Pelo prazer que dou para ele. Duvido.


Ainda que você diga que é isso mesmo, tenho uma novidade pra te contar: a gravidade puxa tudo pra baixo. E plástica não resolve as rugas do pescoço, das mãos, menos ainda da alma.


Lembro de uma amiga que um dia me disse espantada, quando falávamos de castidade: “é sério que os meninos do seu convívio não se aproximam de uma menina com intuito de levá-la pra cama? Porque eu sempre acho isso, quando um cara quer ser meu amigo..” Sentimento de objeto.


Acorda mulherada! Se você quer ser valorizada por aquilo que é a sua essência, pelo que você é além daquilo que os olhos podem ver, invista em SER. O tempo passa rápido. E talvez, quando se der conta, veja quanto tempo investido em coisas que trouxeram uma falsa felicidade. De momento. Que nunca será pra vida inteira.



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