Mencionei no post anterior como foram apreensivos os primeiros meses de gestação da Sofia. É claro que a desejamos, que estamos felizes com tudo mas, inegavelmente, houve um trauma, uma ferida emocional deixada por tudo que vivenciamos na gestação do Heitor. E isso se reflete na minha apreensão, especialmente nos dias que antecedem as frequentes ultrassonografias, próprias do acompanhamento pré-natal.
Os que acompanharam nossa história com o Heitor, sabem que o primeiro sinal que identificamos da Síndrome de Edwards foram as mãozinhas flexionadas em direção ao punho, como que em garras, durante a ultrassom morfológica do 2º trimestre.
A partir daí, fiz um exame bem específico chamado cariótipo fetal e, com o resultado, prognóstico foi confirmado: positivo para Síndrome de Edwards.
Nesse novo tempo com a Sofia, tenho visto Deus curando minhas feridas s cada dia. A cada ultrassom, uma cura. Porque, como já disse no outro post, para curar, Jesus nos pega pelas mãos e faz o caminho novamente conosco.
No dia 26 de julho, dia de São Joaquim e Sant’Ana, estava marcado mais uma ultrassom da Sofia. A morfológica do 1º trimestre. As mães conhecem bem. É neste exame que os médicos investigam possíveis síndromes ou mal formações. Obviamente, estava muito tensa. É o meu humano gritando. Confiar em Deus não nos tira o medo. Confiar em Deus nos faz seguir em frente, mesmo diante do medo.
O exame foi realizado na mesma clínica em que fiz todo o acompanhamento do Heitor a partir do momento em que identificamos a síndrome. Mas, a médica que nos atendeu, não havia feito nenhuma das ultrassonografias daquela época.
Então, o Marcos, meu esposo, contou para ela sobre o Heitor e sobre termos detectado a síndrome de Edwards, no 2º morfológico. A resposta da médica foi: “não é possível ver esses detalhes das mãos porque o bebê ainda é muito pequeno”. Nesse momento, mal a
médica terminou a frase, a Sofia abriu a mão e a mostrou claramente, três vezes seguidas! Você pode ver esse trecho da ultrassom no meu Instagram.
Nem preciso dizer que a emoção tomou conta da gente ali e choramos diante desse sinal do céu.
Era ela dizendo: “Oi mamãe e papai! Fiquem tranquilos, porque estou bem!”. Era Deus dizendo: confia.
Assim é Deus. Ele não tira a nossa dor com uma varinha mágica. A didática Dele, particularmente comigo, é essa: sem ver o que está à frente, a gente dá o passo e Ele coloca o chão debaixo da gente. Confia.
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